quinta-feira, 22 de março de 2012

Atividade a distância

Leia o texto abaixo e faça resumo no fórum. Acesse www.eproinfo.mec.gov.br, clique em interação, fórum, atividade a distância 1, contribuir, digite seu resumo, enviar.



Aprendizagem continuada ao longo da vida o exemplo da terceira idade
                                                         José Armando Valente
            As pessoas que estão hoje em qualquer tipo de serviço sabem que devem estar se aprimorando constantemente como forma de se manterem atualizadas e de vencerem novos desafios.
            A aprendizagem continuada apresenta-se como uma condição necessária para manter a posição de trabalho que elas ocupam.
As atividades educacionais com a terceira idade indicam que aprender está deixando de ser simplesmente condição para manter posições atuais ou conseguir melhores salários e tornando-se uma maneira de se divertir, de “ocupar a mente”, de preencher o tempo e de estar em sintonia com a atualidade.
A aprendizagem é uma atividade continua, iniciando-se nos primeiros minutos de existência e estendendo-se ao longo da vida.
Ironicamente, o período escolar e profissional, de maior vigor mental, está entrincheirado entre o período da infância e o da terceira idade que constituem as experiências de verdadeira construção de conhecimento e do prazer de aprender, em vez da memorização da informação e da escola maçante e chata.
A abordagem tradicional de aulas expositivas enfatiza a transmissão de informação e, portanto, o “ensinar” é literalmente entendido e praticado como o “colocar signo” ou “depositar informar na visão bancária de Educação, observada por Paulo Freire (Freire, 1970).

Aprender, segundo esta concepção, significa memorizar a informação que foi transmitida. Esta aprendizagem será tanto melhor quanto mais fidedigna for a capacidade do aprendiz de reproduzir a informação recebida.
Ou seja, quanto menos interferência da sua capacidade mental na alteração da informação passada pelo professor, melhor.
A Educação pode assumir uma outra dimensão em que o ensinar pode ter um outro significado: proporcionar condições para que a aprendizagem seja produto de um processo de construção de conhecimento que o aprendiz realiza na interação com o mundo dos objetos e do social.
Durante a infância, principalmente no período que antecede a entrada na escola, as crianças aprendem porque estão imersas em ambientes onde encontram ou estabelecem problemas e projetos que devem ser resolvidos. O mundo passa a ser visto como uma série de desafios que devem ser superados e, com isto, criam-se oportunidades para a construção de conhecimento ou, como observou Papert, para a aprendizagem piagetiana (Papert, 1980:7).

No entanto, a experiência ótima não é atingida por meio de atitudes passivas ou fáceis, mas, em geral, ela acontece quando as pessoas estão inteiramente envolvidas, mergulhadas na situação e dando o máximo de si. Quem já não observou o prazer e, ao mesmo tempo, o sofrimento de uma criança aprendendo a andar ou falar?

                                   Aprendizagem na terceira idade

No outro extremo da nossa vida, temos a aprendizagem que acontece depois que a pessoa deixa a vida profissional - ou diminuem as obrigações familiares - e passa a dedicar parte do seu tempo para “fazer as coisas de que gosta” ou aquelas que não foram realizadas por conta da “falta de tempo”.
Há uma predisposição para a aprendizagem e esta acontece de modo muito semelhante à aprendizagem do período infantil.

É uma aprendizagem construída e não simplesmente memorizada. Mesmo quando ocorre em ambientes formaisde educação, ela é diferente.

Aprendizagem na escola e na vida profissional

Embora o indivíduo possa aprender muito interagindo com os objetos e com as pessoas, a complexidade do mundo acaba demandando que ele procure ajuda para formalizar aquilo que faz intuitivamente. A escola tem esta função. No entanto, grande parte do encantamento de aprender sem ser formalmente ensinado desaparece.

Durante a educação escolar - educação infantil, fundamental, média e universitária -,a predisposição de caçador-ativo de informação é gradativamente oprimida e os estudantes não aprendem mais interagindo com o meio que os cerca e sim, sendo formalmente ensinados. Eles são encorajados a serem receptores passivos de informação e adquirem a idéia de que aprender não é divertido.

Após a graduação, durante a vida profissional, as pessoas passam a usar a predisposição profissional-capaz, que pode ser uma combinação das predisposições de caçador-ativo e de receptor-passivo, dependendo das circunstâncias e do estilo de aprendizagem.




Por que não a aprendizagem continuada ao longo da vida?
Entretanto, a solução não é substituir uma predisposição pela outra. Na verdade, o melhor é saber quando usar essas predisposições e em quais contextos Uma solução mais efetiva é a de desenvolver a predisposição de aprendizagem continuada ao longo da vida. Isto significa saber alternar essas duas modalidades de aprendizagem, caçador-ativo e receptor-passivo, de forma complementar e não antagônica. As duas modalidades são necessárias para que o sujeito possa ser efetivo aprendiz.
A função da escola deveria ser a de trabalhar com a predisposição de caçador-ativo e auxiliar o aprendiz a desenvolver a predisposição de aprendizagem continuada ao longo da vida.
A proposta a ser enfatizada é a de que a aprendizagem que acontece na escola e durante a vida profissional deve ser uma extensão da aprendizagem que se dá na infância ou na terceira idade.

Como estimular a aprendizagem continuada ao longo da vida?

A aprendizagem que ocorre na infância e na terceira idade é possível graças á criação de ambientes adequados e à presença de pessoas que funcionam como agentes que favorecem a construção de conhecimento.Dessas observações é possível concluir que devemos criar ambientes de aprendizagem com atividades, objetos e materiais de suporte pedagógico impregnado com determinados conceitos ou estratégias de modo que aprendizes, interagindo com os objetos ou desenvolvendo as atividades, possam construir conhecimentos relacionados com esses conceitos e estratégias.

O ambiente de aprendizagem é constituído por três componentes: o aprendiz, as atividades e o agente de aprendizagem. Para que o aprendiz possa construir conhecimento, essas atividades não podem ser totalmente preestabelecidas ou impostas a ele. Elas devem ser projetos que os aprendizes propõem e desenvolvem, como o projeto do jornal realizado pelos alunos da terceira idade. No entanto, cabe ao agente de aprendizagem fazer com que esses projetos sejam desafiadores, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo dos aprendizes.

Para estimular a aprendizagem ao longo da vida é necessário resgatar, o mais rápido possível, as potencialidades que as pessoas têm para aprender e ser agentes de aprendizagem, criando oportunidades para que elas possam colocar em prática esses potenciais de modo consciente. Este é o papel fundamental do educador do futuro. Ele não deve ser apenas o individuo consciente desse seu potencial, mas, também, o profissional por excelência cuja meta seja despertar esse potencial em outros indivíduos.


A formação de agentes de aprendizagem
Para tanto, o educador precisa:
• Conhecer seu aluno, como ele pensa e age diante de desafios. Neste sentido, são extremamente relevantes as idéias do método clínico piagetiano (Carraher, 1983), o conceito de zona proximal de desenvolvimento (ZPD) de Vygotsky (1991) e a utilização de tecnologias da informação como meios para a explicitação do raciocínio que o aprendiz
usa para resolver problemas (Valente, 1999).
• Trabalhar com projetos educacionais (Hernández & Ventura, 1998). O educador deve saber desafiar os alunos para que, a partir do projeto que cada um propõe, seja possível atingir os objetivos pedagógicos determinados em seu planejamento.
• Criar condições para o aprendiz desenvolver a predisposição para a aprendizagem, para que possa vivenciar e entender a aprendizagem como uma “experiência ótima” como propõe a teoria do fluxo(Csikszentinihalyi, 1990).

Conclusões
As instituições educacionais não estão contribuindo para que as pessoas adquiram habilidades de aprendizagem continuada ao longo da vida. Muito pelo contrário, o que está sendo oferecido são atividades baseadas na predisposição de receptor-passivo.
Com isso, ela ainda está preparando profissionais obsoletos e tornando-se dispensável neste novo cenário de inúmeras oportunidades de aprendizagem que se descortina. A ironia é que a instituição que mais pode contribuir para e se beneficiar da aprendizagem continuada ao longo da vida é a que menos tem se mobilizado para tal.



domingo, 18 de março de 2012

Unidade 1 - Atividade 1


Atividade 1

Quem sou como professor e aprendiz? 
Diante deste novo cenário e da necessidade de educar os alunos para lidar com as características da sociedade atual, reflita sobre o tema “Quem sou como professor e aprendiz” e explicite seu relato produzindo um pequeno texto, considerando as questões apresentadas abaixo.
Nessa produção, cada cursista terá a oportunidade de exercitar a sua capacidade de síntese, desenvolvendo um pequeno texto que poderá ser lido pelos colegas.

Pontos para sua reflexão:
Sou um professor que desperta a curiosidade do aluno? 
Busco preparar meus alunos para utilizar os novos sistemas culturais de representação do pensamento? 
Desenvolvo uma prática interativa com os alunos? 
Ouço suas idéias? 
Aprendo com os alunos? 
Com os colegas? 
Faço mudanças na minha forma de ensinar? Por quê? 
Sinto-me confortável quando isto acontece ou tenho receio?

Orientações para a realização da atividade 1

1. Escreva o relato no Editor de textos do BrOffice.
2. Salve o documento na pasta “Meus documentos”, atribuindo um nome que facilite a sua identificação, da seguinte forma: ativ1_seunome 
Por exemplo: para esta atividade, realizada pelo João Carlos Pereira, o nome do 
arquivo será: ativ1_joaocarlosp
Recomendamos não utilizar acentos, cedilha, sinais de pontuação e outros caracteres especiais. O traço que sugerimos utilizar (sinal de underline) é aceito pelo computador como uma letra comum.
3. Poste o arquivo desta atividade na Biblioteca, em Material do Curso, tema “Quem sou”, subtema “Professor”, enviar arquivo, depois preencha os campos selecionados, clique em escolher arquivo para adicionar o arquivo que você salvou em seu computador e enviar arquivo.

4. Acesse as atividades elaboradas pelos colegas, que estão disponíveis no acervo da 
Biblioteca, Material do Curso, para conhecer suas reflexões e relatos.

Que tal um cafezinho?

Olá professores, sejam bem-vindos ao curso "Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC".
Neste espaço você poderá conhecer melhor os outros participantes do curso, fazer seus comentários e sugestões. Fique a vontade e tome um cafezinho com a gente.


                             Elaine e Kelly